Este trabalho performativo foi realizado no dia da festa do Círio de Nazaré, 08/110/2017. Desde 2016, surgiu a vontade de realizar um trabalho artístico pessoal em homenagem à Santa católica, mas atravessado pela religiosidade afro-brasileira, Umbanda, da qual sou praticante.
Como um processo de maturação artística e religiosa, as vontades, as motivações para a realização do trabalho performativo foram brotando, como um ritual: o pulular das ideias; a sistematização das ações; as intensões; etc.
Queria algo que partisse da minha individualidade, porém, com uma pegada coletiva. Daí vieram muitas ideias, fundamentadas, principalmente, pelo tom espetacular. Contudo, fui percebendo, juntamente com Rosilene Cordeiro, irmã de fé, de religiosidade, de vida, que as questões fundamentais para o trabalho eram as de nível pessoal.
Rosilene e eu trabalhamos muito dessa maneira, compartilhamos os desejos. Ela vai provocando em mim muitas inquietações, me colocando em linhas limítrofes. Assim, fechamos uma ideia.
Os registros abaixo são resultado desse Ato Performativo que realizei em homenagem às memórias de infância presente na Festa do Círio de Nazaré. São memórias coletivas, mas, acima de tudo, são as minhas memórias de infância.
Fotos-performance: Rosilene Cordeiro.
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